Pés chato, cavo ou torto

Pé Plano

O pé plano ou pé chato, como é popularmente conhecido, é muito comum no nascimento dos bebês e ao longo do seu crescimento, os arcos dos pés (curvamento interno da sola) vão se desenvolvendo. Quando isso não ocorre até os dois anos de idade é importante ter um acompanhamento médico.

Como consequência, a sola dos pés fica toda em contato com o chão o que posteriormente pode trazer problemas como dores, desequilíbrio, cansaço para andar, calosidade e limitações nas práticas esportivas. O uso de palmilhas tutoras elásticas pode ajudar para dar mais segurança e equilíbrio para as crianças.

Pé torto Congênito

Durante o pré-natal, caso o pezinho do bebê apareça na ultrassonografia já é possível diagnosticar se o mesmo tem pé torto congênito e iniciar o tratamento logo após o nascimento. Caso não tenha sido identificado durante a gravidez, é importante levar ao ortopedista nos primeiros dias de vida.

Caso o bebê tenha o pé torto, é possível trata-lo com o Método Ponseti que envolve a colocação de um gessado pelo médico ortopedista semanalmente por até 5 semanas com manipulação indolor para alinhamento correto dos ossos do pé e tendões

Uma curiosidade: o Método Ponseti foi introduzido no Rio de Janeiro pelo Dr. Frederico Genuíno quando trouxe para um curso de três dias no hospital São Zacharias na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, o grupo Ponseti Brasil e o primeiro assistente do Professor Ignacio Ponseti no EUA, o Dr. Morcuendes

Pé cavo

O pé cavo é uma deformidade caracterizada pela presença do arco visivelmente mais acentuado e curvo (alto).

Algumas das possíveis causas: heditariedade, traumas/fraturas nas quais os ossos se regeneraram de forma errônea e condição neuromuscular. Como consequência o paciente pode sofrer mais lesões pois o pé cavo não absorve bem o impacto, dores na lateral do pé , instabilidade do tornozelo e gasto excessivo das solas laterais dos calçados.

O tratamento para pé cavo é conservador podendo ser indicadas palmilhas corretivas e fisioterapia. O uso de calçados adaptados pode ajudar na prevenção e tratamento. Quando o caso se agrava ou o nível de dor do paciente é elevado, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.

Dica: estimule que as crianças andem descalças.

Deixar as crianças andarem descalças em terrenos mais irregulares como grama e areia é um hábito bom porque ajuda no fortalecimento da musculatura e contribui para a formação do arco plantar. É uma ótima forma de ajudar a manter o equilíbrio, melhorar a coordenação, postura e estabilidade.

Os pés possuem muitas terminações nervosas e por isso, andar descalço também serve como um ótimo estímulo para a atividade cerebral, evitando estresse e ansiedade.